Acredito que todos que praticam alguma atividade em contato com a natureza têm sempre em mente o ditado que afirma que "não se mata nada, a não ser o tempo; não se leva nada, a não ser fotos; não se deixa nada, a não ser pegadas".
Porém, só isso não é suficiente para evitar danos ao meio ambiente.
O ditado acima prega o mínimo impacto, mas, por menor que seja, ele sempre está presente.
Afinal, em qualquer caminhada ou escalada, como afirma o próprio ditado, deixamos pegadas!
Essas pegadas são inevitáveis e, invariavelmente, geram erosão nas trilhas (quantas vezes não percorremos trilhas rebaixadas quase à altura dos joelhos em relação ao resto do terrenos ou com várias ramificações desnecessárias que se encontram poucos metros mais a frente?).
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Foto área extraída do Google Earth demonstrando várias ramificações da trilha entre os campings da Tronqueira e do Terreirão, no Parque Nacional da Serra do Caparaó. |
Então, devemos buscar alternativas para compensar estes danos, e as atividades de reflorestamente ou de manutenção de trilhas são boas opções para isso.
Pensando nisso, no feriado do dia 20 de novembro deste ano, o Clube Excursionista Light (CEL) efetuou atividade de reflorestamento no Parque Estadual do Grajaú, com o replantio de 30 mudas de árvores nativas.
Uma das mudas que plantei (foto: Renato Moura). |
O parque, em razão de gestão compatilhada, está sendo paulatinamente reflorestado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, em parceria com moradores de comunidades estabelecidas em seus arredores.
O trabalho tem apresentado bons resultados, principalmente, acredito eu, eu razão do envolvimento da população local.
Normalmente, este tipo de trabalho é pesado, mas, como nesta ocasião contamos com a ajuda dos moradores da comunidade Nova Divinéia, já envolvidos no reflorestamento do paque a um bom tempo como já mencionado, chegamos já com as covas das mudas prontas e adubadas, necessitando apenas do plantio e irrigação delas.
Como os dias seguintes foram chuvosos, acredito que tenha havido êxito em mais este trecho do reflorestamento, compensando a natureza por nossas "pegadas" deixadas durante as caminhadas.
Feito este breve relato, cumpre a mim fazer um pedido a todos: sempre que possível, participem de atividades semelhantes, entrando em contato com as administrações das unidades de conservação ambiental e oferencendo ajuda para reflorestamento ou manutenção das trilhas, pois o número de funcionários disponíveis nunca é suficiente para cobrir áreas tão grandes.
A esse respeito, sempre que eu tiver notícias de outros mutirões de reflorestamento ou de manutenção de trilhas, farei a postagem no blog.
Uma outra opção para quem tiver interesse neste tipo de voluntariado pode ser encontrada no site do programa "Acesso às Montanhas" (www.acessoasmontanhas.org), pelo qual o interessado pode se cadastrar e receber avisos a respeito das atividades agendadas.
Outras fotos do reflorestamento mencionado nesta postagem podem ser encontradas no site do CEL, através do seguinte link: http://www.celight.org.br/ondeestivemosfotos.php?ID_Materia=57.
Abs para todos e até a próxima!
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