terça-feira, 26 de outubro de 2010

Caminhadas - Forte do Leme - Rio de Janeiro/RJ - 27/09/2009

Entrada da fortificação no alto do Morro do Leme.
A máxima que diz que se deve passar pelo purgatório para se chegar ao paraíso nem sempre corresponde à realidade. Pelo menos em termos de caminhadas no Rio de Janeiro...
Exemplo disso é a caminhada até o alto do Forte do Leme (também denominado Forte do Vigia ou Forte Duque de Caxias), situado na praia do Leme.
Confesso que, apesar de ser carioca e  de já ter ouvido falar dessa fortificação, eu não tinha a menor idéia de que ela fosse aberta à visitação, que seu acesso fosse fácil (pouco íngrime e calçado!), e que, além de tudo, tivesse uma belíssima vista de vários pontos turísticos do Rio de Janeiro.
Você acha que terminaram as boas notícias?
Se você respondeu afirmativamente, lamento informar-lhe que você se enganou.
Além de tudo, é uma caminhada extremamente segura, pois todo o caminho é feito dentro uma área do Exército, dispondo, inclusive, de estacionamento fechado reservado para os visitantes do Forte.
Ou seja, esta caminhada é perfeita para ser feita com a sua família, mesmo se você tiver filhos pequenos, como eu, que fiz com o meu filho que, na época, tinha aproximadamente três anos e meio (mesmo assim, se você achar melhor não subir a pé, é possível optar pelo uso de uma van do exército que percorre esse trajeto em dois horários diferentes, mediante o pagamento de uma pequena tarifa). 
O passeio tem início no final da Praia do Leme e segue uma estrada de paralelepípedos de aproximadamente 800 metros até o ponto mais alto do Morro do Leme, onde está instalado o Forte.
Acompanhado por crianças pequenas, a caminhada dura aproximadamente 40 minutos e o caminho, por si só, já pode ser considerado um espetáculo. Ao longo dele é possivel admirar a vista da Fortaleza de Santa Cruz e das praias dos Fortes Imbuhy e Rio Branco - estes localizados em Niterói - e da Ilha de Cotunduba, além de plantas e animais (especialmente micos, para a alegria da garotada).
Já no alto do Morro do Leme, tem-se acesso à fortificação propriamente dita, composta por diversos pátios guarnecidos por canhões alemães do início do século passado, todos em excelente estado de conservação. Um verdadeiro paraíso para a imaginação fértil da criançada!
E, para quem não liga para história, mas não resiste a uma bela paisagem, vem o melhor do passeio: a vista completa das Praias do Leme e de Copacabana (foto abaixo) e também do Morro do Pão de Açúcar, por exemplo (outras fotos no Picasa: http://picasaweb.google.com.br/108300806397402382091/ForteDoLeme#)!

Vista para as Praias do Leme e de Copacaba. À esquerda, vê-se o Forte de Copacabana (também uma excelente opção para visitação).
Pelas fotos desta postagem e do site, acho muito difícil que você não tenha se sentido tentado a fazer esta caminhada. Então, reúna a sua família e os seus amigos e ponha-se a caminhar!
Como não podia deixar de ser, vão algumas dicas:
- Procure chegar cedo, principalmente no verão, pois o clima ameno torna a caminhada mais agradável e menos cansativa para a criançada;
- Como em grande parte do caminho há exposição ao sol, apesar da vegetação, é recomendável o uso de protetor solar;
- E, por fim, aconselho levar pelo menos 1 litro de água por pessoa e lanche. Ao longo do caminho, como já falei, há vários pontos onde a vista é fantástica, valendo dar uma parada para admirá-la, sendo, ainda, uma ótima oportunidade para reidratar e repor a energia da garotada - apesar da certeza de que, com tantas novidades, as crianças só sentirão o cansaço no fim do passeio, após a volta.
Maiores informações sobre horários, tarifas e história desta fortificação podem ser obtidas no site oficial do Exército Brasileiro, no seguinte endereço: http://www.exercito.gov.br/01inst/Historia/Fortes/vigia.htm.
É isso.
Abs para todos e até a próxima!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Canoagem - Remada ao Forte da Lage - Rio de Janeiro - 19/09/2009

Portal de entrada do Forte da Lage.
Nessa postagem vai a dica de um passeio pouco convencional, que é a remada ao Forte da Lage (Aqui cabe uma observação: apesar de a escrita correta ser "laje", nesta postagem faço uso da palavra "lage" apenas em respeito à denominação da fortificação, constante no portal de entrada da mesma - foto acima), uma fortificação construída no meio da saída da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro/RJ, a aproximadamente 2,5Km da Praia da Urca (nosso ponto de partida).
Rota em vermelho, com partida da Praia da Urca e destino para o Forte da Lage (2,5Km).

Praticamente, a história deste roteiro tem início entre o final de agosto e início de setembro de 2009, quando Marcia Moura, guia do Clube Excursionista Light (CEL), incluiu esta prancheta no site do clube. Independente de maiores informações, a prancheta nada convencional rapidamente atingiu o número de participantes previstos.
Apesar da programação ter sido coordenada pela guia do CEL, quem guiou a remada foram integrantes do Clube Carioca de Canoagem (http://www.clubecariocadecanoagem.com.br/), que têm grande prática nesta atividade.
Nossa primeira tentativa de remada até o Forte foi frustrada, em razão das más condições do mar na data prevista para a empreitada.
A remada só foi possível na semana seguinte à primeira tentativa, ou seja, dia 19/09/2009. Neste dia, ao chegarmos na Praia da Urca antes das 08:00Hs, encontramos um dia nublado, mas com pouco vento, razão pela qual o mar estava extremamente calmo.
Com um pouco de atraso, iniciamos a nossa remada divididos em 11 caiaques. Por questões de segurança, seguimos todos agrupados, margeando a orla da Urca até chegarmos à altura do Forte São João, ponto a partir do qual nós passamos a remar entre a Baía de Guanabara, à nossa esquerda,  e o mar aberto, à nossa direita.
Após pouco mais de uma hora remando, finalmente chegamos à laje na qual está construída a fortificação. Foi aí que começaram os momentos mais curiosos deste dia. Em primeiro lugar, os caiaques não puderam ficar amarrados próximos à laje, porque corriam o risco de serem danificados pela rocha por causa do movimento das ondas. Então, para amarrá-los, tivemos que laçar, ainda sentados nos caiaques, um pier que se projeta para cima da Baía de Guanabara a uma altura de 2,5 metros. Depois disso, não houve outro jeito de subir no Forte, a não ser nadando do local onde os caiques foram amarrados até uma escada encravada na rocha. A descida do caiaque, para quem  não tem hábito, se resume à certeza de que ele vai virar e de que você terá que se controlar para não se desesperar nesse momento. Conosco foi assim. Quase todos viraram com os caiaques no momento do desembraque. A escada de acesso merece comentários à parte, pois, com a maré baixa, o primeiro degrau estava um tanto alto, sendo necessária uma pequena "escalada" para alcançá-lo.
Ultrapassados esses pequenos obstáculos, tivemos acesso ao Forte, tanto à parte externa quanto à interna.
Apesar de muito degradado pela ação do tempo e, especialmente pela oxidação causada pela água salgada, o Forte da Lage é um excelente local para visitação, pois é possível admirar alguns pontos turísticos (Pão de Açúcar, Fortaleza de Santa Cruz e Forte São João) através de uma perspectiva diferente (outras fotos no link http://picasaweb.google.com.br/108300806397402382091/ForteDaLage#).
Após fazermos uma breve exploração do local, tirarmos nossas fotos e fazermos um lanche para repor a energia, reiniciamos a nossa remada de volta para a Praia da Urca, onde encerramos a nossa prancheta com a certeza de que fizemos algo simplesmente incomum para a maioria das pessoa, apesar da proximidade do Forte com as cidades de Niterói e do Rio de Janeiro.
Caso você tenha interesse em fazer este passeio, vão algumas dicas:
- Sempre contrate um guia especializado em canoagem que conheça a região. Vale ressaltar que esta é a forma mais segura de fazer este passeio, pois a saída da Baía de Guanabara concentra fortes correntezas que não devem ser enfrentadas sem a ajuda de alguém que tenha muita prática;
- Nunca deixe de usar colete salva-vidas, mesmo que você saiba nadar bem. Além de ajudá-lo a flutuar caso o caiaque vire, ele serve ainda para ajudar que outras embarcações maiores e mais rápidas o visualizem com mais facilidade. Não custa lembrar que o trecho entre o Forte da Lage e o Forte São João, nos fins-de-semana e feriados, é muito utilizado como passagem de lanchas que entram e saem da Baía de Guanabara com velocidades relativamente altas e que podem ter dificuldade para enxergar um caiaque, que além de pequeno, muitas vezes chega a desaparecer em meio às ondulações sempre presentes na região, mesmo em dias de mar calmo;
- Ao longo da remada, com certeza, você irá se molhar. Por essa razão, todos os seus documentos, alimentos e equipamentos devem estar protegidos em bolsas ou caixas-estanques. Uma boa alternativa para quem usa whey protein é utilizar um pote deste tipo de suplemento alimentar como caixa-estanque;
- Se você fizer o passeio decidido a visitar o Forte, e não apenas remar até lá, aconselho que vá calçado com uma sandália do tipo papete ou um tênis velho, pois a escada de acesso ao Forte é incrustada de cracas, que geram cortes que normalmente acabam inflamando e deixando cicatrizes;
- Considerando o mau estado de consevação do Forte, vale a recomendação de que, antes de acessar a parte interna do forte ou a superior, sejam verificadas as condições das escadas de acesso e das demais estruturas. Na ocasião em que estivemos no Forte, a escada que dá acesso à parte superior já estava bem comprometida e a estávamos utilizando com apenas uma pessoa por vez.
- Se for visitar a parte interna, não se esqueça de levar lanterna, pois lá dentro a escuridão é total, já que não há janelas no Forte.
- Verifique previamente a previsão do mar. Se houver possibilidade de ressaca, não faça o passeio. O Forte da Lage, nessa condições, é atigido por ondas grandes. Em abril de 2010 foram registradas ondas de 4 metros na região, como foi noticiado no Fantástico e no site Rico Surf! (http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1565612-15605,00-SURFISTAS%20APROVEITAM%20RESSACA%20COM%20ONDAS%20ENORMES%20NO%20RIO.html / http://ricosurf.globo.com/NoticiasRicosurf2.asp?id=11831
De resto, fica o desejo de um bom passeio, caso resolva fazê-lo algum dia.
Abs para todos e até a próxima!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Notícias - 10ª Mostra Internacional de Filmes de Montanha - de 21 a 24 de Outubro de 2010

Aí vai uma boa dica de programação para que gosta de montanhismo, canoagem, mergulho, slackline, montainboard, ciclismo etc., e até mesmo para que não gosta de nada disso, mas curte atividades culturais e bons filmes.
Entre os dias 21 e 24 deste mês, no Cinema Odeon Petrobrás, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro, ocorrerá a 10ª Mostra Internacional de Filmes de Montanha.
Além de filmes (longas e curtas-metragens) relacionados aos espostes acima mencionados, haverá, ainda, exposição de fotos, lançamento de Guia da Ilha Grande e uma festa no dia 23.
No site oficial - http://www.filmesdemontanha.com.br/ -, além de toda a programação do evento, é também possível conferir um trailer do filme "Nanga Parbat", uma produção em parceria entre Paquistão e Alemanha, que relata a história verídica de dois irmãos que lutam pela própria sobrevivência durante a conquita do cume da montanha que dá nome ao filme, situada na Cordilheira do Himalaia.
Depois de assistir esse trailer, acho difícil você pensar em perder o evento.
Abs para todos e até a próxima!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Caminhadas - Pedra do Sino - Teresópolis/RJ - 01/08/2009


Nas postagens não poderia faltar relato da caminhada para a Pedra do Sino (2.275m de altitude), que é parte do trajeto da Travessia Petrópolis-Teresópolis, umas das mais famosas travessias longas do Brasil.
Trata-se de uma caminhada classificada com nível de dificuldade entre moderado a pesado, classificação esta que eu atribuo não ao desnível de aproximadamente 1.175 metros entre a sede do Parque Nacional da Serra dos Órgãos em Teresópolis e o cume da Pedra do Sino, mas sim pela distância entre os dois pontos - 11 Km.
Para a visitação a este pico podem ser adotados dois procedimentos: o primeiro é a caminhada com pernoite, podendo ser utilizado o Abrigo 4 ou o camping ao lado deste abrigo, ou o segundo que é o "bate-e-volta", totalizando, nesse caso, 22Km de caminhada durante aproximadamente 8 horas.
Quando a idéia desta caminhada surgiu, era um projeto para ser cumprido com 5 amigos, com pernoite no Abrigo 4, que oferece uma excelente estrutura com banheiros, cozinha e 3 quartos (sendo dois mobiliados para seis pessoal em cada - inclusive com colchões - e um quarto para até 15 pessoas, no qual se deve utilizar saco de dormir).
A caminhada ficou agendada para 01/08/2010 e começamos a nos mobilizar com um mês e meio de antecedência, em especial para poder reservar o pernoite no Abrigo 4, que costuma ser sempre muito procurado, principalmente nos períodos de férias e feriados. A compra dos ingressos para o acesso à trilha apenas poderia ser feita com uma semana de antecedência, por conta de regra interna do PARNASO.
Muita programação, muita antecedência, uma epidemia de gripe suína próximo ao período da empreitada, e apenas eu permaci firme na intenção de fazer a caminhada.
Dia 01/08/2009, saí cedo de casa para poder iniciar a caminhada por volta das 08:00Hs. Confesso que o caminho da minha casa até Teresópolis não foi muito animado, pois todo o trajeto de carro até quase a chegada do PARNASO foi feito em meio a nevoeiro decorrente do final de uma frente fria que passava pelo Rio. Aí vale uma observação que eu acredito ser comum a todo excursionista: quando se faz uma caminhada acompanhado por amigos, ver alguma paisagem ao fim não é muito relevante, mas, normalmente, se você se dispõe a caminhar sozinho, a paisagem passa a ser o ponto mais importante da caminhada.
Porém, a sorte estava ao meu lado. Ao chegar próximo ao fim da Rio-Teresópolis, fui contemplado pelo sol em um dia de céu azul. O nevoeiro estava concentrado apenas nas partes baixas da estrada.
Como previsto, às 08:00Hs em ponto, após estacionar o carro em frente à "pousada" (o estacionamento na barragem estava proibido para pernoite), iniciei a minha caminhada.
Pensei encontrar a trilha lotada por conta do período de férias, mas parece que a frente fria que se despedia e o nevoeiro que encobria o Rio espantaram o pessoal. Apenas para não dizer que não encontrei ninguém ao longo do caminho, havia um grupo com 3 cadetes de alguma escola militar se preparando para subir a trilha e, no meio do caminho, passei por dois grupos de turistas estrangeiros caminhando em sentido oposto o meu (pela quantidade de carga, acredito que tenham feito a Travessia Petrô-Terê).
Apesar da minha mochila estar pesada com roupa para pernoite, alimentos, saco de dormir e isolante térmico, além de outros itens básicos para caminhada, consegui concluir o trajeto até o Abrigo 4 em 3:30hs. Logo que cheguei, deixei a mochila ali e segui para o cume da Pedra do Sino, totalizando mais 20 minutos de caminhada.
Como o frio que estava fazendo lá em cima, apesar de serem 11:50Hs e de estar usando um casaco, tratei de tirar rapidamente as fotos que eu pretendia e retornei para o Abrigo para fazer aquele Miojo clássico, que desceu muito bem depois da longa caminhada.
Novamente olhei o relógio: 13:15Hs... E eu só consegui pernoite no quarto coletivo para 15 pessoas em pleno surto de gripe suína... Como o sol iria se por volta das 17:30Hs, decidi não ficar e retornar no mesmo mesmo dia, transformando o pernoite em um "bate-e-volta", só que com a mochila carregada de coisas que eu não teria levado se tivesse decidido anteriormente que não ficaria lá em cima.
A volta foi tranquila, mas devo admitir que, ao longo do caminho, só pensava que quem inventou o ditado de que "para descer todo santo ajuda" jamais fez trilha. Ele deve ter chegado a essa conclusão descendo uma ladeira de carro ou admirindo uma maçã cair em queda livre de uma macieira.
Por conta da erosão em várias partes da trilha, a descida se tornou muito mais pesada do que a subida, em especial para os joelhos.
Mas, de qualquer forma, após 3:15hs horas de descida, cheguei novamente à "pousada" com a sensação da missão cumprida. Após esta caminhada, pude entender porque Von Martius (um naturalista que percorreu 10 mil quilômetros do Brasil no início do século XIX, catalogando a fauna e flora brasileira) afirmou que Embora eu tenha visto em outras partes do Brasil muitas e variadas florestas primitivas, nenhuma me pareceu mais bela e mais amena do que aquelas que, perto da cidade do Rio de Janeiro e recobrindo as encostas dos montes que recebem o nome de Serra do Mar [Serra dos Órgãos], se estendem por boa parte desta província de São Sebastião. Estas florestas me agradaram muito mais que as outras e ficaram para sempre gravadas no meu espírito, não só porque fossem primitivas e, com isso, um presente para os meus olhos espantados, mas na verdade porque excedem em beleza e suavidade.”
Se você gostou do que leu e das fotos que estão postadas no link http://picasaweb.google.com.br/108300806397402382091/PedraDoSino#, programe-se e caminhe.
Abaixo vão algumas dicas importante:
- Caminhe com calma, sem pressa, pois há sempre coisas interessantes para ver ao longo do caminho (principalmente a flora nativa. Animais são sempre mais difíceis, apesar de ouvi-los ao longo de todo o caminho);
- Além do material básico para caminhadas, jamais se esqueça de levar agasalhos e anorak (mesmo com previsão de tempo bom, pois a região é fria - especialmente no inverno - e pode haver mudanças repentinas no tempo);
- Concluí a caminhada de subida com 2,5 litros de água e reabasteci as garrafas no Abrigo 4 na descida. A quantidade de água foi exata, acabando um pouco antes da conclusão das etapas de subida e descida). Sendo assim, aconselho aos que costumam sentir mais sede que levem mais água, pois nem sempre os rios no percurso estão com volume de água suficiente, deixando a água com aparência ruim para o consumo;
- Mesmo que você vá fazer um "bate-e-volta", vale a pena levar um Miojo, ou qualquer outra coisa que lhe agrade, para preparar na cozinha do Abrigo 4. Apesar de cobrar uma pequena taxa pelo uso do gás (que é levado no ombro pelo funcionário do Parque, ao longo de 11Km), vale a pena, pois dá uma energia extra para a descida;
- É aconselhável fazer a reserva do Abrigo com uma boa antecedência, em razão da procura por este tipo de acomodação. Já a entrada do Parque e a da trilha podem ser compradas com uma semana de antecedência (é aconselhável que já no dia da compra dos ingressos seja entregue o termo de responsabilidade exigido pelo parque), valendo observar que geralmente o ingresso da trilha já está esgotado quando se tenta comprá-lo no dia da caminhada.
- Até pouco tempo atrás, os quartos mobiliados do Abrigo, apesar de disporem até de colchões, não possuíam roupas de cama, que deveriam ser levadas pelo usuário. Aconselho levar logo um saco de dormir para usar sobre o colchão, já que é mais fácil e mais leve para transportar do que lençóis e cobertores;
- Apesar de a trilha ser bem definida (vide fotos postadas no picasa - site acima), se você não está acostumado a fazer caminhadas deste tipo, aconselha-se a contratação de um guia profissional, que poderá não só orientá-lo a respeito do caminho, mas também passar informações interessantes sobre o relevo, flora e fauna locais (vide indicações do site do PARNASO ou da Associação de Guais Profissionais do Rio de Janeiro - http://www.aguiperj.org.br/homologcondutores.htm);
- o link a seguir apresenta um croqui bem interessante para a caminhada: http://www.trilhaecia.com.br/mapas/9421travessiapetrotere2.jpg;
- Maiores informações podem ser obtidas no site do ICMBio/Parnaso: http://www4.icmbio.gov.br/parnaso/.
Abs a todos e até a próxima!

domingo, 10 de outubro de 2010

Notícias - Ventania de 07/10 atinge as Sedes de Teresópolis e Guapirim/RJ do PARNASO.


"As Sedes Teresópolis e Guapimirim do Parque Nacional da Serra dos Órgãos foram atingidas, na última quinta-feira,  dia 07/10/2010, por fortes ventos decorrentes da entrada de uma frente fria no estado. Ventos de até 73 km/h foram registrados pela estação meteorológica do INMET instalada na Sede Teresópolis.
    Os fortes ventos derrubaram inúmeras árvores nas áreas administrativa e de visitação do parque, destelharam prédios administrativos e residências funcionais e destruíram o toldo da sede administrativa do parque. Os prejuízos ainda estão sendo calculados.
    No entorno do parque, os prejuízos também foram grandes. Muitas árvores caíram, interrompendo o trânsito na Avenida Rotariana, que dá acesso o principal a cidade de Teresópolis e para o PARNASO.  O fornecimento de eletricidade e telefonia também foi interrompido em parte da cidade, afetando o parque, que permanecia sem telefone e internet na sexta feira.
    Os brigadistas e a equipe de manutenção do PARNASO começaram os trabalhos de recuperação logo após o fim da ventania, trabalhando em conjunto com a Defesa Civil de Teresópolis para liberar o trânsito da Av. Rotariana e para liberar os acessos e áreas de visitação do parque.
    O PARNASO abrirá normalmente à visitação neste feriado, mas  pede a compreensão dos visitantes, que ainda poderão encontrar galhos caídos nos caminhos, devido ao grande volume de material derrubado pela ventania".

sábado, 9 de outubro de 2010

Caminhadas - Morro do Cobiçado - Petrópolis/RJ - 06/06/2009

Nada mais apropriado para começar a postagem neste blog do que relatar esta minha primeira caminhada. Primeiro porque foi um retorno ao contato com a natureza (nem sempre fui advogado, trancado em escritórios. Cheguei a cursar 3 anos de geologia... Não tem jeito, isso fica no sangue!). Em segundo lugar porque foi o meio pelo qual tive meu primeiro contato com o CEL (Clube Excursionista Light), no qual me encontro até hoje.
Pois bem, a realidade é que o meu retorno a esse tipo de atividade ao ar livre ocorreu após um passeio de bicicleta no qual o guia que me acompanhava relatou a experiência de travessias de Petrópolis a Teresópolis através da Serra dos Órgãos.
Após essa conversa, fiquei curioso em obter mais informações a respeito dessa travessia e, pesquisando na internet, acabei localizando o site do CEL (que já está postado no blog, juntamente com os de outros sites de clubes de excursionismo do Rio de Janeiro), no qual constava em seu informativo de atividades uma caminhada para o Morro do Cobiçado, no município de Petrópolis/RJ.
Entrei em contato e verifiquei os detalhes para a caminhada.
Ainda bem cedo, o grupo se encontrou no ponto marcado no Rio e rumou para Petrópolis, com direito a uma parada na Pavelka, para reforçar o café da manhã antes de colocar as pernas em movimento.
A caminhada é classificada como moderada. O seu início é suave, respeitando as curvas de nível do terreno, mas os últimos trechos são relativamente pesados, pois passam a cortar o relevo em direção ao cume quase em linha reta. Portanto, é bom ter algum condicionamento físico para a empreitada...
Mas devo confessar - principalmente para quem não tem um excelente preparo físico - que o esforço vale a pena! Do alto, com facilidade se avista a cidade de Petrópolis, além de incontáveis outras montanhas que compõem a Serra dos Órgãos.
A duração aproximada da caminhada foi de 2 horas para subir e 1 hora e 30 minutos para descer, pois tínhamos um grupo bem heterogêneo, tanto quanto ao preparo físico quanto à idade.
Quem um dia se interessar por fazer esta caminhada, aconselho que, além do básico (lanche, material básico de primeiros socorros e anorak), leve pelo menos 3 litros de água, protetor solar e boné. Como de costume, o melhor período para a caminhada é no inverno, pois o tempo, além de mais ameno, está menos sujeito à ocorrência dos temporais que são comuns nos fins das tardes de verão naquela região.
No mais, como turista na região, ao voltar para o Rio, vale outro conselho meu: dar uma parada na Casa do Alemão, na Washigton Luiz, para comer pão com liguiça acompanhado de Coca-Cola. Depois dessa caminha, o seu estômago agradecerá este mimo!
Obs.: outras fotos podem ser vistas no seguinte link: http://picasaweb.google.com.br/108300806397402382091/MorroDoCobicado#
Abs a todos e até a próxima!